quinta-feira, 12 de março de 2015

Quantos países existem atualmente?
por Marina Motomura | Edição 39
Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), existem 191 países. Mas há algumas ausências nessa lista. As duas mais famosas são Taiwan, cuja independência não é reconhecida pela China, e o Vaticano, que, apesar de ficar de fora do cadastro da ONU, é "observador permanente" da entidade, status que dá direito a voto nas conferências. Além desses dois, a ONU não contabiliza possessões e territórios. A Groenlândia, por exemplo, fica de fora porque é território da Dinamarca. Para ganhar a carteirinha de sócio, o país deve ter fronteiras definidas, sustentação econômica - uma moeda ajuda bastante - e soberania nacional. E ainda deve ser reconhecido pelos outros integrantes do clube. Mas a lista da ONU não é a única. Algumas associações esportivas também têm as suas. É o caso do Comitê Olímpico Internacional, com 202 membros, e da Fifa, que tem 205. Territórios como Aruba e Ilhas Cayman, não reconhecidos pela ONU porque pertencem, respectivamente, à Holanda e à Inglaterra, integram as duas entidades. Se você acha e tem muito país pra pouco mundo, saiba que isso é uma coisa relativamente nova: no início do século 20, havia apenas 57 nações. "Após a 1ª Guerra Mundial (1914-1918), o fim dos impérios austro-húngaro, na Europa, e turco-otomano, no Oriente Médio, fez com que surgissem novos países, como a Áustria e o Iraque", diz a historiadora Maria Aparecida de Aquino, da USP. Décadas depois, a independência de ex-colônias da Ásia e da África dividiu mais o mapa. Nessa época surgiram Índia e Paquistão (1947) e Moçambique (1975), entre outros países. Na década de 1990, com o fim da União Soviética, o mundo ganhou outra leva de nações, como a Ucrânia e o Uzbequistão. E novas divisões ainda são traçadas em zonas de conflito. A Caxemira, na fronteira entre Índia e Paquistão, e a Chechênia, na Rússia, reivindicam a independência na ponta da baioneta. Entre os membros da ONU, escolhemos 12 para mostrar os extremos do globo: o país mais rico, o mais pobre, o mais antigo e o mais novo, entre outras categorias que você confere ao lado.
Mundo muito estranhoNos quatro cantos do planeta, selecionamos nações recordistas em 12 categorias
O MAIS RICO - Luxemburgo
Os afortunados habitantes fazem jus à herança aristocrática do país, cujo nome oficial é Grão-Ducado de Luxemburgo. A renda anual per capita dos luxemburgueses é de 43 940 dólares, segundo dados da ONU de 2003
O MAIS QUENTE - Líbia
Ao lado do Egito e com parte do seu território coberto por desertos (do Saara e da Líbia), esse país já registrou a temperatura mais alta do mundo: 58 ºC, em setembro de 1992, na cidade de El Azizia
O QUE MAIS MUDOU DE NOME - Congo
Na declaração de independência, em 1960, o nome era República do Congo. Em 1971, passou a se chamar Zaire. Em 1997, mudou para o nome atual. Antes da independência, a colônia francesa teve outros dois nomes: Estado Independente do Congo e Congo Belga
COM MAIOR POPULAÇÃO FEMININA - Letônia
Se você quer descolar uma companhia do sexo frágil, experimente passar as próximas férias nesse país, que tem 1,2 milhão de mulheres e 1 milhão de homens — uma relação de 1,2 para 1
COM MAIS JOVENS - Iêmen
Nesse pequeno país do Oriente Médio, metade da população tem até 15 anos de idade. Essa também é a média de idade do país, que tem mais de 7,3 milhões de crianças e adolescentes
O MAIS POBRE - Etiópia
A Etiópia está na lanterna quando o assunto é riqueza. A renda anual per capita é de apenas 90 dólares, quase 500 vezes menor que a de Luxemburgo. Só para comparar, cada brasileiro ganha, em média, 3 330 dólares por ano
COM MAIOR POPULAÇÃO MASCULINA - Emirados Árabes Unidos
As 804 mil mulheres dos Emirados Árabes podem escolher entre 1,6 milhão de homens do país. A proporção de 2 homens por mulher é a mais alta do mundo
O MAIS FRIO - Rússia
A cidade de Oymyakon, na Sibéria, é forte candidata a sorveteria humana. Lá, os termômetros costumam bater em -50 ºC durante o inverno. Oymyakon só perde para a Antártida, que já marcou -89,2 ºC, mas não é um país
O MENOS POVOADO - Mongólia
Se você percorrer uma área de um quilômetro quadrado na Mongólia, com sorte encontrará duas pessoas. No país, a densidade demográfica é de apenas 1,5 habitante por km2. Ninguém tem problemas com os vizinhos por lá!
COM MAIS IDOSOS - Japão
A população japonesa tem, em média, 41 anos — 15 a mais que a média mundial, de 26 anos. Quase 30 milhões de japoneses têm mais de 60 anos. E a expectativa de vida feminina chega aos 85,2 anos
O MAIS ANTIGO - China
O país já era unido em 221 a.C. Mas bem antes disso, em 1500 a.C., já havia instituições políticas por lá. O Iraque e o Egito, apesar da trajetória recente como nações independentes, também têm histórias que remontam a 3000 a.C.
O MAIS POVOADO - Cingapura
Todo mundo sabe que a China é o país mais populoso do mundo, com mais de 1,2 bilhão de habitantes. Mas o mais povoado, com mais gente espremida no território, é Cingapura, com 6 107 seres humanos por km²
Os MAIS RECENTEs - Timor Leste e Sudão do Sul
Em 1999, após uma guerra civil cruenta, um plebiscito bancado pela ONU deu aos timorenses a tão sonhada independência, reconhecida oficialmente em 2002. O país havia sido anexado pela Indonésia em 1975
Consultoria: Virene Roxo Matesco, economista da Fundação Getúlio Vargas.
Em tempo:
O que é hoje o Sudão do Sul era parte do Sudão Anglo-Egípcio e tornou-se parte da República do Sudão, quando ocorreu a independência deste em 1956. Após a Primeira Guerra Civil Sudanesa, o sul do Sudão tornou-se uma região autônoma em 1972. Esta autonomia durou até 1983. A Segunda Guerra Civil Sudanesa desenvolvida anos depois, resultou novamente na autonomia da região, através do Tratado de Naivasha, assinado em 9 de janeiro de 2005 noQuênia, com o Exército Popular de Libertação do Sudão (SPLA/M). Em 9 de julho de 2011, o Sudão do Sul tornou-se um estado independente. Em 14 de julho de 2011, o Sudão do Sul tornou-se um Estado membro das Nações Unidas(ONU). O país entrou para a União Africana em 28 de julho de 2011.




Quantos países existiam no mundo em 2014?

Em Janeiro de 2013 a ONU reconhecia a existência de 193 países.
Contudo, a mesma ONU admite, em documentação distinta, a existência de 194 ou 195 países (considerando-se por vezes o Vaticano e os Territórios Palestinianos como estados soberanos).
Fonte: Norma M49 das Nações Unidas 


Em baixo a lista com os países em azul; os territórios em negrito e sem tradução.


AMERICAS (20 territórios de soberania especial; 35 países)
América do Norte
(3 países) 
01
02
03
04
Saint Pierre and Miquelon
Bermudas

Greenland





Caraíbas
01
Anguilla
02
03
Aruba
04
05
06
Bonaire
07
British Virgin Islands
08
Cayman Islands
09
10
Curaçao
11
12
13
Guadeloupe
14
15
16
Martinique
17
Montserrat
18
Puerto Rico
19
20
Saint-Barthélemy
21
22
23
Saint Martin (French part)
24
25
Sint Maarten (Dutch part)
26
27
Turks and Caicos Islands
28
United States Virgin Islands
América Central (7 países)
01
02
03
04
05
06
Panamá
07


América do Sul (12 países)
01
02
03
04
05
06
07
Falkland (Malvinas)
08
French Guiana
09
10
11
Peru 
12
13
14
ÁSIA (3 territórios de soberania especial; 47 países)
Ásia Central (5 países)
01
02
03
04
05
Ásia Oriental (5 países)
01
02
China, Hong Kong
03
China, Macao
04
05
06
07
Ásia Meridional(9 países)
01
02
03
04
05
06
07
08
09
Sudeste Asiático(11 países)
01
02
03
04
05
Laos 
06
07
08
09
10
11
Ásia Ocidental (17 países)
01
02
03
04
05
06
07
08
09
10
11
Palestinian Territory
12
Omã 
13
14
15
16
17
18
ÁFRICA (4 territórios de soberania especial; 54 países)
África Oriental 
(18 países)
01
02
03
04
05
06
07
08
09
10
Mayotte
11
12
Réunion
13
14
15
16
17
18
19
20
África Central 
(9 países)
01
02
03
04
05
06
07
08
09
Norte de África 
(6 países)
01
02
03
04
05
06
07
Western Sahara
África Austral 
(5 países)
01
02
03
04
05
África Ocidental 
(16 países)
01
02
03
04
05
06
07
08
09
10
Mali 
11
12
13
14
Saint Helena
15
16
17
OCEANIA (11 territórios de soberania especial; 14 países)
Austrália e Nova Zelândia(2 países)
01
02
03
Norfolk Island
Melanésia (4 países)
01
Fiji 
02
New Caledonia
03
04
05
Micronésia (5 países)
01
Guam
02
03
04
05
06
Northern Mariana Islands
07
Polinésia (3 países)
01
American Samoa
02
Cook Islands
03
French Polynesia
04
Niue
05
Pitcairn
06
07
Tokelau
08
09
10
Wallis and Futuna Islands
EUROPA (10 territórios de soberania especial; 43 países)
Europa Oriental 
(10 países)
01
02
03
04
05
06
07
08
09
 Rússia 
10
Europa do Norte 
(10 países)
01
Åland Islands
02
Channel Islands
03
04
05
Faeroe Islands
06
07
Guernsey
08
09
10
Isle of Man
11
Jersey
12
13
14
15
16
Sark
17
Svalbard and Jan Mayen Islands
18
Europa do Sul 
(14 países)
01
02
03
04
05
06
07
Gibraltar
08
09
Holy See
10
11
12
13
14
15
16
Europa Ocidental
(9 países
01
02
03
04
05
06
07
08
09



quarta-feira, 12 de novembro de 2014

Nosso passeio à São João del Rei e Tiradentes... bããão demaaaaiis...

Nosso maravilhoso Flamboyant

Museu da FEB

Em frente à Igreja de São Francisco

Em boa companhia com Tancredo

Na ponte

No museu da Ferrovia junto à Nº 1

Na Maria-Fumaça para Tiradentes

Olha a curva!!!!

No chafariz... em Tiradentes.

quinta-feira, 30 de outubro de 2014

Notícia de 2012- Educação

Brasil fica em penúltimo lugar em ranking de qualidade da educação


Tábita Martins - Estado de Minas
Publicação: 27/11/2012 16:45 Atualização: 27/11/2012 18:01
O Brasil ficou na penúltima posição em ranking da educação,  divulgado nesta terça-feira, pela Pearson Internacional que compara dados de desempenho entre 40 países. O estudo classificou os países em cinco grupos, de acordo com a sua distância da média. O Brasil foi incluído no grupo 5, junto às sete nações com a maior variação negativa em relação à média global. O Brasil teve pontuação negativa de -1,65 ficando acima somente da Indonésia com -2,03.

O levantamento global faz parte do projeto The Learning Curva (Curva do Aprendizado) que cria um novo índice global de habilidades cognitivas e desempenho escolar,  a partir do cruzamento de indicadores internacionais,  assim como dados educacionais de cada país sobre alfabetização e as taxas de conclusão de escolas e universidades. As organizações-base para o cruzamento de indicadores são: Programa Internacional de Avaliação dos Alunos (Pisa), Tendências Internacionais nos Estudos de Matemática e Ciência (Timms) e avaliações do Progresso no Estudo Internacional de Alfabetização e Leitura (Pirls).

O conteúdo do banco de dados é dividido em três áreas - A primeira delas é chamada de Dados da Educação em que alguns intens são avaliados, como o investimento do governo, a idade, salários e seleção das escolas. A segunda área analisada é chamado de Resultados da Educação, em que as taxas de alfabetização e de graduação são verificadas. Por fim, são avaliados os Resultados Econômicos, que englobam taxas nacionais de desemprego, PIB, expectativa de vida e da população prisional.

A Finlândia e a Coreia do Sul foram os países mais bem colocados, com +1,26 e +1,23 respectivamente. No total, 13 dos 40 países ficaram abaixo da média e 27 ficaram com notas superiores ao valor mediano.
Nelson Mandela
Nelson Mandela foi um líder rebelde e, posteriormente, presidente da África do Sul de 1994 a 1999. Seu nome verdadeiro é Rolihlahla Madiba Mandela. Principal representante do movimento antiapartheid, considerado pelo povo um guerreiro em luta pela liberdade, era tido pelo governo sul-africano como um terrorista e passou quase três décadas na cadeia.

De etnia Xhosa, Mandela nasceu num pequeno vilarejo na região do Transkei. Aos sete anos, Mandela tornou-se o primeiro membro da família a frequentar a escola, onde lhe foi dado o nome inglês "Nelson". Seu pai morreu logo depois e Nelson seguiu para uma escola próxima ao palácio do Regente. Seguindo as tradições Xhosa, ele foi iniciado na sociedade aos 16 anos, seguindo para o Instituto Clarkebury, onde estudou cultura ocidental.

Em 1934, Mandela mudou-se para Fort Beaufort, cidade com escolas que recebiam a maior parte da realeza Thembu, e ali se interessou pelo boxe e por corridas. Após se matricular, começou o curso para se tornar bacharel em direito na Universidade de Fort Hare, onde conheceu Oliver Tambo e iniciou uma longa amizade.

Ao final do primeiro ano, Mandela se envolveu com o movimento estudantil, num boicote contra as políticas universitárias, sendo expulso da universidade. Dali foi para Johanesburgo, onde terminou sua graduação na Universidade da África do Sul (UNISA) por correspondência. Continuou seus estudos de direito na Universidade de Witwatersrand.

Como jovem estudante de direito, Mandela se envolveu na oposição ao regime do apartheid, que negava aos negros (maioria da população), mestiços e indianos (uma expressiva colônia de imigrantes) direitos políticos, sociais e econômicos. Uniu-se ao 
Congresso Nacional Africano em 1942 e dois anos depois fundou, com Walter Sisulu e Oliver Tambo, entre outros, a Liga Jovem do CNA.

Depois da eleição de 1948 dar a vitória aos afrikaners (Partido Nacional), que apoiavam a política de segregação racial, Mandela tornou-se mais ativo no CNA, tomando parte do Congresso do Povo (1955) que divulgou a Carta da Liberdade – documento contendo um programa fundamental para a causa antiapartheid.

Comprometido de início apenas com atos não violentos, Mandela e seus colegas aceitaram recorrer às armas após o 
massacre de Sharpeville, em março de 1960, quando a polícia sul-africana atirou em manifestantes negros, matando 69 pessoas e ferindo 180.

Em 1961, ele se tornou comandante do braço armado do CNA, o chamado Umkhonto we Sizwe ("Lança da Nação", ou MK), fundado por ele e outros militantes. Mandela coordenou uma campanha de sabotagem contra alvos militares e do governo e viajou para o Marrocos e Etiópia para treinamento paramilitar.

Em agosto de 1962 Nelson Mandela foi preso após informes da CIA à polícia sul-africana, sendo sentenciado a cinco anos de prisão por viajar ilegalmente ao exterior e incentivar greves. Em 1964 foi condenado a prisão perpétua por sabotagem (o que Mandela admitiu) e por conspirar para ajudar outros países a invadir a África do Sul (o que Mandela nega).

No decorrer dos 27 anos que ficou preso, Mandela se tornou de tal modo associado à oposição ao apartheid que o clamor "Libertem Nelson Mandela" se tornou o lema das campanhas antiapartheid em vários países.

Durante os anos 1970, ele recusou uma revisão da pena e, em 1985, não aceitou a liberdade condicional em troca de não incentivar a luta armada. Mandela continuou na prisão até fevereiro de 1990, quando a campanha do CNA e a pressão internacional conseguiram que ele fosse libertado em 11 de fevereiro, aos 72 anos, por ordem do presidente 
Frederik Willem de Klerk.

Nelson Mandela e Frederik de Klerk dividiram o Prêmio Nobel da paz em 1993.

Como presidente do CNA (de julho de 1991 a dezembro de 1997) e primeiro presidente negro da África do Sul (de maio de 1994 a junho de 1999), Mandela comandou a transição do regime de minoria no comando, o apartheid, ganhando respeito internacional por sua luta em prol da reconciliação interna e externa.

Ele se casou três vezes. A primeira esposa de Mandela foi Evelyn Ntoko Mase, da qual se divorciou em 1957 após 13 anos de casamento. Depois se casou com Winnie Madikizela, e com ela ficou 38 anos, divorciando-se em 1996, com as divergências políticas entre o casal vindo a público. No seu 80º aniversário, Mandela casou-se com Graça Machel, viúva de Samora Machel, antigo presidente moçambicano.

Após o fim do mandato de presidente, em 1999, Mandela voltou-se para a causa de diversas organizações sociais e de direitos humanos. Ele recebeu muitas distinções no exterior, incluindo a Ordem de St. John, da rainha
Elizabeth 2ª., a medalha presidencial da Liberdade, de George W. Bush, o Bharat Ratna (a distinção mais alta da Índia) e a Ordem do Canadá.

Em 2003, Mandela fez alguns pronunciamentos atacando a política externa do presidente norte-americano Bush. Ao mesmo tempo, ele anunciou seu apoio à campanha de arrecadação de fundos contra a AIDS chamada "46664" - seu número na época em que esteve na prisão.

Em junho de 2004, aos 85 anos, Mandela anunciou que se retiraria da vida pública. Fez uma exceção, no entanto, por seu compromisso em lutar contra a AIDS.

A comemoração de seu aniversário de 90 anos foi um ato público com shows, que ocorreu em Londres, em julho de 2008, e contou com a presença de artistas e celebridades engajadas nessa luta.
Nelson Mandela faleceu em 2013 aos 95 anos em sua casa na África do Sul.

Uol Biografias

Steve Biko

Steve Biko
Nome completo: Stephen Bantu Biko
Nascimento: 18 de Dezembro de 1946      http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/a/af/Flag_of_South_Africa.svg/20px-Flag_of_South_Africa.svg.png África do Sul
Morte: 12 de setembro de1977 (30 anos)
Ocupação: Ativista político
Ideias notáveis: Anti-racismo e anti-apartheid




Anita Porfirio 14 de setembro de 2012

Quem já assistiu ao filme “Um Grito de Liberdade”, com Denzel Washington e Kevin Kline, deve ter se emocionado com a história de Steve Biko. Se você não viu, tudo bem, continue lendo e vai entender porque escolhemos esta frase.
À semelhança de Nelson Mandela, Biko foi um defensor ferrenho dos direitos dos negros na África do Sul. Na década de 1960, ele se tornou um líder do movimento estudantil e anti-apartheid no país africano, inspirando milhares de pessoas. Mas, obviamente, suas atividades também o fizeram ganhar alguns inimigos. Mesmo assim, Biko continuou se expondo com o objetivo de levantar os oprimidos e fazê-los reivindicar seus direitos de cidadãos e, principalmente, de seres humanos.
Em 1973, quando o apartheid estava em um de seus momentos mais repressores, Biko foi banido de sua terra natal e “deletado” do cotidiano sul-africano: ele estava proibido de discursar e fazer aparições públicas, e o povo não podia fazer qualquer referência ao ativista. E para piorar, ele também não podia sair da região de King William’s Town. Biko era, literalmente, ilegal. Mas isso não o impediu de continuar lutando nas sombras.
Frequentemente, Biko furava as proibições e se reunia com companheiros de causa. E isso funcionava muito bem, até o dia em que ele foi pego. Em agosto de 1977, Biko foi capturado ao tentar cruzar o bloqueio e feito prisioneiro da polícia sul-africana.
Na prisão, passou por tortura e maus tratos, sofreu danos cerebrais por causa de violência e, depois de uma viagem de mais de 1000 km que o levaria a uma prisão-hospital, morreu em decorrência das lesões e privações. Os policiais que o mataram alegaram que ele morreu porque estava em greve de fome. Hoje, ele é um herói nacional.

Deu para entender a escolha da frase que resume bem a vida de Biko, né?