sábado, 27 de setembro de 2014

Mahatma Gandhi

Mahatma Gandhi – Mohandas Karamchand Gandhi


Líder do movimento de independência indiana nascido em Porbandar, estado de Gujarat, cujos princípios religiosos da não-violência e a crença na santidade de todos os seres vivos, seguidos com sucesso em suas atividades políticas, o consagraram mundialmente. O título dado Mahatma, que significa "grande alma", expressou o respeito e a veneração do povo indiano por seu líder. Estudou no Samaldas College, em Bhavnagar, e direito na Universidade de Oxford, Inglaterra. Retornou à Índia (1891) e depois mudou-se para Natal, África do Sul, país com uma grande população de indianos, onde exerceu a advocacia (1893-1914) e deu início a sua luta localizada contra as injustiças e humilhações sofridas pelos indianos residentes. 

Fundou uma seção do Partido do Congresso e estabeleceu os fundamentos da resistência pacífica, o satyagraha, baseada nos princípios da luta sem violência e no sofrimento como instrumento para resistir ao adversário. Voltou à Índia (1915), apoiou os britânicos durante a primeira guerra mundial, mas o massacre em Amritsar (1919), no estado do Punjab, onde soldados britânicos mataram cerca de 400 indianos, fez com que iniciasse sua luta pela independência do país (1920), o resultou em um período na prisão (1922-1924). Ao ser libertado teve que trabalhar intensamente na reunificação das comunidades e do Partido do Congresso extremamente divididos entre hindus e muçulmanos. Após a notória campanha da desobediência contra o imposto do sal (1930), aceitou uma trégua com o Reino Unido e concordou em participar da II Conferência da Mesa Redonda (1931), em Londres, na qual mais uma vez reivindicou a independência de seu país. 

Voltando à Índia em dezembro (1931), reassumiu a campanha da desobediência e foi novamente preso e condenado. Neste período manteve fundamentais contatos políticos com Jawaharlal Nehru, outro dos grandes líderes da futura nação indiana. Em protesto contra a decisão do governo britânico de segregar as castas inferiores, os párias (1932) fez mais uma de suas notórias greves de fome. Deixando o Partido do Congresso (1934) concentrou-se num programa de organização da nação a partir da luta em favor dos pobres, que incluía o incentivo às indústrias regionais e a implantação de um sistema de educação voltado para as necessidades do povo. 

Com a eclosão da segunda guerra mundial, voltou à militância ativa e pediu a retirada imediata dos britânicos (1942), o que resultou na prisão dos principais dirigentes do Partido do Congresso. Terminada a guerra (1945) deu-se início a uma nova etapa nas relações indo-britânicas que resultou com a formação de dois estados independentes (1947): a Índia, majoritariamente hindu, e o Paquistão, muçulmano. Foi assassinado por um fanático hinduísta, enquanto rezava em Delhi, e suas cinzas foram lançadas no rio Ganges. 

Fonte: 
http://www.dec.ufcg.edu.br/biografias/

domingo, 7 de setembro de 2014

Monções no Paquistão e Índia

Monções deixam quase 350 mortos no Paquistão e na Índia

Os Exércitos dos dois países foram mobilizados para participar das operações de auxílio - com o suporte de helicópteros, aviões e navios - nas localidades afetadas pelo aumento súbito das águas


AFP - Agence France-Presse
Publicação: 07/09/2014 20:37 Atualização: 07/09/2014 20:51

As chuvas torrenciais provocadas pelas monções no Paquistão e no norte da Índia deixaram mais de 300 mortos, de acordo com números de ambos os governos divulgados neste domingo. Os Exércitos dos dois países foram mobilizados para participar das operações de auxílio - com o suporte de helicópteros, aviões e navios - nas localidades afetadas pelo aumento súbito das águas.

As fortes chuvas no Paquistão deixaram pelo menos 193 mortos nos últimos três dias e destruíram milhares de casas, anunciaram as autoridades, acrescentando que quatro distritos foram colocados sob alerta vermelho. Além disso, 108 localidades e plantações ficaram seriamente danificadas, informou o porta-voz da Autoridade Nacional de Gestão de Desastres. Neste domingo, o nível das águas começou a baixar lentamente.

Na Índia, soldados tentavam resgatar hoje milhares de pessoas afetadas pelas piores inundações em meio século na Caxemira indiana. Cerca de 150 pessoas já morreram. A principal cidade na região, Srinagar, está debaixo d'água. Outras 350 localidades também estão submersas pelas torrenciais monções, que causaram inundações e deslizamentos de terra na região himalaia de Jammu e Caxemira. A cheia do rio Jhelim inundou amplas zonas de Srinagar neste domingo e obrigou os habitantes a fugir para cima dos telhados de suas casas, ou em árvores. Milhares de soldados, policiais e equipes de socorro foram enviados para o estado para ajudar as pessoas ilhadas. Ao menos 11 mil pessoas já foram resgatadas.

"Até agora foram recuperados mais de 150 corpos. É difícil calcular o número exato (de mortos), porque ainda estão procurando corpos", afirmou o inspetor-geral de polícia da região de Jammu, Rajesh Kumar. Pelo menos 14.800 pessoas tiveram de ser atendidas pelas 50 equipes médicas enviadas para a região. O primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, visitou a região e se reuniu com os serviços de socorro. Modi descreveu a situação como um "desastre em escala nacional".

A polícia de Srinagar teme pela verdadeira dimensão da catástrofe, porque as conexões telefônicas caíram e há muitas zonas sem comunicação. Com o apoio de 22 helicópteros, tropas militares foram enviadas para o Vale da Caxemira e para o restante do estado. Os soldados vão entregar ajuda aos desabrigados e colaborar no restabelecimento das comunicações - declarou o secretário do Gabinete Nacional, Ajit Seth.