segunda-feira, 26 de outubro de 2015

Desmond Tutu


07/10/1931, Klerksdorp, Transvaal.​

Desde jovem, Desmond Tutu ergueu sua voz contra o regime segregacionista da África do Sul


Desmond Tutu nasceu numa época em que os negros tinham que carregar uma identificação especial e apresentá-la aos policiais brancos quando fossem requisitados. Em 1948, houve eleições na África do Sul, mas como somente os brancos puderam votar, o partido eleito era abertamente racista.

Desmond estudou na Escola Normal de Johannesburgo e, em 1954, na Universidade da África do Sul. Ainda aos 24 anos escreveu ao Primeiro ministro de seu país sobre o apartheid, que chamou de "uma política diabólica". Trabalhou como professor secundário e ordenou-se ministro anglicano em 1960.

De 1967 a 1972, estudou teologia na Inglaterra. Enquanto estava ausente, a situação na África do Sul piorou e os negros eram presos somente por usar banheiros, beber nas fontes ou ir à praia. Em 1968, um protesto calmo feito por estudantes negros transformou-se em tragédia quando a polícia reagiu com um violento ataque, com carros armados, cães e gases.

Em 1975, Desmond Tutu foi o primeiro negro a ser nomeado decano da Catedral de Santa Maria, em Johannesburgo, uma posição pública que o fazia ser ouvido. Sagrado bispo, dirigiu a diocese de Lesoto de 1976 a 1978, ano em que se tornou secretário-geral do Conselho das Igrejas da África do Sul.

Sua proposta para a sociedade sul-africana incluía direitos civis iguais para todos, abolição das leis que limitavam a circulação dos negros, um sistema educacional comum e o fim das deportações forçadas de negros.

Por sua firme posição contra a segregação racial ganhou, em 1984, o Prêmio Nobel da Paz. Na mesma época foi eleito arcebispo de Johannesburgo e depois, da Cidade do Cabo. Recebeu o título de doutor honoris causa de importantes universidades dos EUA, do Reino Unido e da Alemanha.

Em 1996, após a extinção do apartheid, presidiu a comissão de Reconciliação e Verdade, destinada a promover a integração racial na África do Sul, com poderes para investigar, julgar e anistiar crimes contra os direitos humanos praticados na vigência do regime.

No ano seguinte, divulgou o relatório final da Comissão, que acusava de violação dos direitos humanos tanto as autoridades do regime racista sul-africano como as organizações que lutavam contra o apartheid.
Atualizado, 9/12/2011

quinta-feira, 15 de outubro de 2015

Terça, 06 Outubro 2015 10:31

EUA, JAPÃO E MAIS 10 PAÍSES FECHAM ACORDO COMERCIAL REGIONAL HISTÓRICO

Escrito por  Redação
Pablo Martinez Monsivais/Associated Press Anterior

Após oito anos de negociações, Estados Unidos, Japão e mais 10 países fecharam em Atlanta, EUA, a Parceria Transpacífico, no que o jornal americano "The New York Times" definiu como o maior acordo comercial regional da história.

A aproximação entre esses parceiros, formalizada nesta segunda-feira (5), pode fazer com que o Brasil tenha mais trabalho para conseguir espaço para alguns de seus produtos, como frango e açúcar, em mercados importantes (leia mais abaixo).
Discutida por cinco dias seguidos, a TPP, na sigla em inglês, abrange 40% da economia global. O texto final deve ser disponibilizado dentro de um mês.
Além da derrubada de barreiras tarifárias entre os países, o tratado prevê regras uniformes de propriedade intelectual e ações conjuntas contra o tráfico de animais selvagens e outras formas de crimes ambientais, por exemplo.
Países inclusos na Parceria Transpacífico
Com isso, tem o potencial de influenciar desde o preço do queijo ao custo de tratamentos de câncer.
Ele inclui, além de EUA e Japão, Austrália, Brunei, Canadá, Chile, Cingapura, Malásia, México, Nova Zelândia, Peru e Vietnã.
Economias asiáticas como a Coreia do Sul, Taiwan e Filipinas, e sul-americanas como a Colômbia, já estão na fila para aderir.
O acordo ainda deve passar por discussão no Congresso americano e Parlamentos de outros países envolvidos. Caso seja aprovado, pode vir a ser uma das maiores conquistas do governo do presidente Barack Obama e deve ajudar a contrabalançar a influência chinesa sobre o comércio no Pacífico.
REPERCUSSÃO
O brasileiro Roberto Azevedo, diretor-geral da OMC, parabenizou os países da TPP e disse que o acordo prova que é possível alcançar consenso entre países com interesses diversos quando existe "vontade política e determinação".
Para outro brasileiro, o economista Maurício Mesquita Moreira, do setor de integração e comércio do BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento), a TPP deixa claro para onde caminha o comércio mundial, com novas regras estabelecidas pelo bloco liderado pelos EUA.
"Há o objetivo claro de sinalizar para a China que, se quiser continuar participando do comércio global, em algum momento vai ter que se ajustar a essas novas regras."
GRUPO DE PESO
Os membros da TPP são destino de quase um quarto dos embarques brasileiros
IMPACTO SOBRE O BRASIL
Segundo José Luiz Pimenta, professor da ESPM especialista em comércio exterior, o maior impacto do tratado deve vir da adoção de normas comuns de produção entre os países. Com isso, sua influência sobre os negócios vai além da mera derrubada de tarifas.
"Uma série de regras jurídicas comuns dão previsibilidade para negócios de longo prazo e facilitam o investimento. Você pode exportar peças dos Estados Unidos e se beneficiar das cadeias regionais para que a montagem final aconteça nesses países."
De fora do tratado, o Brasil pode perder espaço para seus produtos. "O Brasil fez um grande esforço recentemente para atender o mercado asiático de carne de frango, mas agora esses países podem começar a focar nas trocas entre si", diz.
De acordo com os detalhes do acordo divulgados pela Casa Branca, a TPP vai eliminar mais de 18 mil impostos e tarifas cobrados sobre os produtos norte-americanos nos países envolvidos. Isenta, por exemplo, a cobrança de tributos sobre as importações de produtos do setor automotivo, que chegam a 70% atualmente.
Segundo Pimenta, o Brasil tem fechado acordos comerciais com mercados menores, como Colômbia e México. O foco tem sido principalmente na derrubada de barreiras, em detrimento da adoção de normas comuns.
A rodada final de negociações da TPP em Atlanta, que começou na quarta-feira, se debruçou sobre a questão de quanto tempo de duração deve ser permitido para a manutenção de monopólio de novos medicamentos de biotecnologia, até que os Estados Unidos e a Austrália negociem um acordo.
Também estiveram em pauta a derrubada de barreiras nos mercados de laticínios e açúcar e a queda gradual, ao longo de três décadas, de impostos de importação de carros japoneses vendidos na América do Norte.
LIVRE-COMÉRCIO NO PACÍFICO - Países que representam 36% do PIB global fecham acordo comercial
MERCADO DE AÇÚCAR
Sob a TPP, a Austrália receberá uma cota adicional de 65 mil toneladas anuais para exportar açúcar para os Estados Unidos, disse à agência de notícias Reuters uma autoridade australiana com conhecimento das negociações.
Com isso, o produto brasileiro pode vir a ter mais trabalho para encontrar espaço no mercado americano, avalia Pimenta, da ESPM —apesar de os Estados Unidos serem irrelevantes para as cerca de 22 milhões de toneladas exportadas em 2014 pelo Brasil.
O volume soma-se às 87,4 mil toneladas já destinadas à Austrália sob o regime de tarifas vigente para o ano comercial que começou em 1º de outubro.
A Austrália poderá enviar 400 mil toneladas de açúcar para os Estados Unidos anualmente até 2019, no cenário mais otimista, disse a fonte.
Sob os termos do acordo, a Austrália também receberá 23% da cota arbitrária, que é baseada na demanda norte-americana sob regime de tarifas, disse a autoridade. O percentual compara-se aos atuais 8%.

terça-feira, 22 de setembro de 2015

O que é Papoula:
A papoula é uma planta da família Papaveraceae. A espécie mais conhecida e mais cultivada é a Papaver somniferum L., também conhecida como papoula dormideira, que é usada para obter o ópio. A flor desta planta pode ser branca, rosa, arroxeada ou vermelha.

A flor papoula pode significar falsa paixão, sonho, extravagância, fertilidade e ressurreição.
A papoula está fortemente ligada ao ópio, já que este é o látex do fruto da papoula enquanto ainda não está maduro. Este látex é bastante semelhante ao da seringueira, no entanto possui propriedades diferentes, sendo que o extraído da papoula contém morfina, codeína, papaverina e outras substâncias.

A semente da papoula é muitas vezes usada na culinária. Muitas pessoas pensam que o uso da semente da papoula é ilegal no Brasil, o que não é verdade. O ópio é retirado da planta enquanto esta ainda está verde, enquanto que as sementes são extraídas quando a planta já se encontra seca. Mesmo assim, no Brasil, a venda da semente de papoula é controlada pela ANVISA através da Resolução RDC nº 239, de 28 de agosto de 2002. Ou seja, a semente não é proibida, mas sabendo que há muitas burocracias que os importadores têm que cumprir, a importação para o Brasil diminuiu. Contudo, a plantação em grande escala da espécie dormideira é proibida em solo brasileiro.

As sementes de papoula costumam ser usadas em saladas, massas, pães, bolos, tortas, salada de frutas, compotas, biscoitos, entre muitas outras coisas. É preciso ter em conta que o consumo de sementes de papoula pode originar um falso positivo da presença de ópio em um teste de detecção de drogas.

Há muitos anos a papoula vem sendo usada para fins medicinais. Na Mesopotâmia, por exemplo, um chá feito com a papoula servia para tratar insônias e prisão de ventre. Algum tempo mais tarde os babilônios e assírios usavam a seiva da papoula para produzirem remédios. O pai da medicina, Hipócrates, foi dos primeiros a registrar os efeitos medicinais desta planta. Alguns autores acreditam que um médico grego usava o ópio nos gladiadores em Roma. Esta substância ganhou popularidade na Europa no princípio do séc XVI, mas a sua propagação foi controlada pela Igreja Católica. Por volta dessa altura, uma fórmula à base de suco de papoula foi criada pelo médico suíço Paracelso. A crença que este remédio - o láudano - curava várias doenças e até tinha o poder do rejuvenescimento, fez com que o ópio ficasse ainda mais famoso em todo o mundo.

Em 1803, Friedrich Sertürner inventou a morfina depois de pesquisar e observar os variados efeitos do ópio. Esse não foi apenas o primeiro alcaloide a ser extraído do ópio, foi o primeiro alcaloide a ser extraído de uma planta.

quarta-feira, 13 de maio de 2015

Brasil é o 60º

Entre 76 países, Brasil é o 60º colocado em ranking mundial de educação.

País ficou entre as nações com pior desempenho na avaliação
 postado em 13/05/2015 13:50
O Brasil perdeu duas posições e ficou em 60º no ranking mundial de educação, divulgado nesta quarta-feira, 13, pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). Foram avaliados 76 países através do desempenho de alunos de 15 anos em testes de ciências e matemática.


Na 60ª posição, o Brasil ficou entre os países com pior desempenho na avaliação, atrás da Tailândia (47º), Irã (51º), Malásia (52º) e dos vizinhos Chile (48º) e Uruguai (55º). Outros três sul-americanos ficaram entre os 15 piores colocados: Argentina (62º), Colombia (67º) e Peru (71º). No ranking de 2012, que avaliou 65 países, o Brasil havia ficado em 58º.

As cinco melhores colocações ficaram para os países asiáticos, Cingapura, Hong Kong, Coreia do Sul, Japão e Taiwan, na sequência. O último colocado foi Gana.

Segundo o diretor educacional da OCDE, Andreas Schleicher, é a primeira vez que o ranking consegue ter uma escala "verdadeiramente global" sobre a qualidade da educação. "A ideia é dar a mais países, ricos e pobres, a possibilidade de comparar a si mesmos com os líderes mundiais em educação para descobrir seus pontos fracos e fortes e ver o ganhos econômicos a longo prazo gerados pela melhoria da qualidade da educação", afirmou.

O ranking será apresentado oficialmente na próxima semana, durante o Fórum Mundial de Educação, na Coreia do Sul. Na ocasião líderes mundiais vão traçar metas de educação para os próximos 15 anos. Os últimos objetivos foram traçadas no ano 2000, mas alguns deles, como fornecer ensino primário a todas as crianças, não foram completamente alcançados.

segunda-feira, 16 de março de 2015

Por Elias Nascimento
14 mar 2015 - 15h 01

Os mais cruéis homens da Segunda Guerra Mundial
 
Durante os anos de 1939 a 1945, período em que se passou a Segunda Grande Guerra, cerca de 60 milhões de vidas humanas foram ceifadas. Sempre que falamos sobre o tema, os primeiros nomes que surgem na cabeça de muitos são o de Adolf Hitler, Joseph Stalin, Benito Mussolini e mais algumas figuras de destaque.
No entanto, é impossível imaginar que esses homens sozinhos tenham causado tantas mortes. Aqui você confere uma relação de nomes menores nas páginas da história do conflito, mas que nem por isso foram menos perversos na hora de cometer verdadeiros massacres sob as ordens de seus líderes.
A lista foi organizada sem nenhuma ordem específica.

1. Odilo Globocnik, líder austríaco da SS
Odilo Globocnik foi general da SS (SchutzStaffel - Tropa de Proteção, em alemão) na Áustria e teve papel importante na Operação Reinhard, o plano para exterminar os judeus europeus da Polônia ocupada pelo Governo Geral do partido nazista.
Durante seu mandato, mais de 1,5 milhão de judeus foram mortos nos campos de concentração de Treblinka, Sobibor, Belzec e Majdanek – instalações que ele mesmo ajudou a organizar e supervisionar. Historiadores acreditam que ele se inspirou nos programas nazistas de eutanásia quando teve a ideia de usar câmaras de gás.
Corrupto e completamente sem escrúpulos, ele explorou judeus e não judeus como mão de obra escrava em seus campos de trabalhos forçados. Mais tarde na guerra, ele foi transferido para a Itália ocupada pelos alemães, na Zona Operacional do Litoral Adriático (OZAK, na sigla em alemão).
Lá, converteu um antigo moinho de arroz em um centro de detenção equipado com um crematório. Milhares de judeus, prisioneiros políticos e guerrilheiros foram interrogados, torturados e assassinados. Globocnik foi capturado pelos aliados em 31 de maio de 1945, mas cometeu suicídio no mesmo dia, ao ingerir uma pílula de cianeto.

2. General Mario Roatta, a “Besta Negra” da Itália
Apelidado de “Besta Negra” por seus próprios homens, o general italiano fascista Mario Roatta mandou matar milhares de cidadãos iugoslavos e enviou outros milhares para a morte em campos de concentração. Historiadores afirmam que a taxa anual de mortes no campo de concentração de Rab, na Croácia, era maior que o nível médio de mortalidade em Buchenwald.
Em 1942, Roatta implementou uma política de “terra arrasada” nos territórios da Iugoslávia em um esforço para limpar etnicamente a região. Ele ordenou a seus homens que matassem famílias inteiras, seja por meio de agressão física ou do uso de armas de fogo.
Como muitos criminosos de guerra italianos, a Besta Negra nunca foi a julgamento após a guerra, e viveu em Roma até 1968, quando faleceu.

3. Dr. Josef Mengele, “O Anjo da Morte”
Josef Mengele não foi o único médico nazista a cometer atrocidades, mas certamente é o mais famoso deles, por sua frieza, comportamento isolado, crueldade nos procedimentos que realizava, e principalmente por nunca ter sido capturado.
Como adepto fervoroso da pseudociência nazista, usou sua posição em Auschwitz para desenvolver suas pesquisas em experiências com cobaias humanas – muitas vezes com completo desprezo pelo bem-estar de seus pacientes e em completa violação aos princípios científicos.
Ele acreditava piamente na teoria da superioridade racial alemã. Para prová-la, se engajou em diversos experimentos que buscavam comprovar a falta de resistência dos judeus e ciganos a diversas doenças, que ele mesmo introduzia no organismo de seus pacientes, assim como extraía e colecionava amostras de tecido e de partes do corpo de suas vítimas para estudos posteriores.
Muitos dos seus “objetos de estudo” morriam durante os procedimentos desumanos que o nazista realizava ou eram assassinados para facilitar os exames que seriam feitos após a morte deles.
Depois da guerra, Mengele fugiu para a América do Sul, passando por Argentina e Paraguai até se estabelecer no Brasil, onde morreu afogado na praia de Bertioga, no litoral paulista, em 1979.

4 e 5. Generais Iwane Matsui e Hisao Tani, os “Açougueiros de Nanquim”
Algumas fontes históricas consideram que a Segunda Guerra Mundial começou oficialmente em 1937, com a invasão da China pelo Exército Imperial Japonês. Mais tarde naquele ano, depois de as tropas japonesas lançarem um ataque massivo à cidade de Nanquim, soldados chineses recuaram para o outro lado do rio Yangtze.
Durante as seis semanas seguintes, tropas japonesas cometeram o que hoje é conhecido como o Estupro de Nanquim – episódio particularmente terrível da guerra em que um número entre 200 mil e 300 mil soldados e civis chineses foram mortos e mais de 20 mil mulheres foram estupradas.
Depois da guerra, o general Iwane Matsui foi julgado e considerado culpado por “deliberada e imprudentemente” ter se evadido de seu dever legal de “tomar medidas adequadas para assegurar a observância e prevenir qualquer brecha do cumprimento da Convenção de Haia (tratado internacional sobre leis e crimes de guerra)”.

Da mesma forma, o general Hisao Tani foi considerado culpado pelo Tribunal dos Crimes de Guerra de Nanquim, sendo sentenciado à morte. Outros líderes do exército japonês que participaram da ação morreram antes do fim da guerra.

6 e 7. Marechal do ar Arthur Harris e General Curtis LeMay
Uma das vantagens de se ganhar uma guerra é o benefício de não ter que prestar contas por todas as coisas hediondas necessárias para que isso acontecesse. É o caso do marechal do ar britânico Sir Arthur "Bombardeiro" Harris e do general da Força Aérea americana Curtis LeMay, ambos responsáveis por campanhas de bombardeio a territórios civis que resultaram em milhares de mortes na Alemanha e no Japão, com resultados bastante questionáveis.
Durante a Segunda Guerra Mundial, Harris dirigiu o Comando Aliado de Bombardeio. Convencido de que o conflito por ar poderia ser decisivo, ele certa vez declarou: “Os nazistas entraram na guerra sob a ilusão infantil de que eles iriam bombardear todo mundo, e ninguém os bombardearia. Em Roterdã, Londres, Varsóvia e meia centena de outros lugares eles puseram sua ingênua teoria em operação. Eles semearam vento, e agora vão colher o turbilhão”.
Seu tom era indubitavelmente de vingança. Ele acreditava que bombardeios em massa sobre civis faria com que a população alemã se voltasse contra Hitler. Seu “turbilhão” daria fim à guerra em meses e, com esse objetivo, organizou diversos ataques, incluindo os feitos às cidades de Colônia, Hamburgo e Berlim, e o mais controverso deles, que atingiu Dresden quando a guerra já estava praticamente vencida pelos aliados.
Em suas memórias, o marechal do ar nunca fraquejou em suas convicções: “Levando-se em consideração tudo o que aconteceu... o bombardeio se provou um método relativamente humano”.
Sobre o Pacífico, o general Curtis LeMay perpetrava sua própria campanha brutal contra alvos civis. Seis meses antes da rendição do Japão, os ataques de bombardeiros ordenados por LeMay resultaram em estimadas 500 mil mortes e o deslocamento de 5 milhões de habitantes.
O mais infame desses bombardeios aconteceu entre 9 e 10 de março de 1945, quando investidas sobre a cidade de Tóquio mataram aproximadamente 100 mil civis, o que é hoje considerado o mais brutal ataque único a civis da história da Segunda Guerra.
No entanto, diferente de Harris, o general americano estava plenamente ciente de sua própria brutalidade, declarando depois que o conflito acabou: “Matar japoneses não me incomodava muito na época... Eu suponho que se tivéssemos perdido, eu seria julgado como um criminoso de guerra”.

8. Oskar Dirlewanger, Comandante especial da SS
Mesmo se considerarmos toda a brutalidade do regime nazista, o comandante especial da SS, Oskar Dirlewanger, ainda é considerado uma das pessoas mais depravadas a vestir um uniforme alemão durante a guerra. Ele era alcoólatra, viciado em drogas, pedófilo e tinha forte tendência à violência, e sua unidade era considerada a mais sanguinária de todas dentro da SS.
Em 1940, Heinrich Himmler colocou Dirlewanger como responsável por uma Brigada de Caça formada inteiramente de criminosos condenados, todos eles ex-caçadores. Quando ficaram arregimentados na Bielorússia, Dirlewanger e seus homens enfrentaram guerrilheiros na região, mas também mataram civis que moravam em vilas que estavam “no lugar errado, na hora errada”.
Seu método de execução em massa favorito era prender a população local dentro de um celeiro, atear fogo à estrutura e atirar com metralhadoras em todos que tentassem fugir. Credita-se a ele a morte de pelo menos 30 mil pessoas, isso somente no tempo que passou na Bielorússia. Ele foi preso em 1º de junho de 1945 e espancado até a morte por seus captores poloneses.

9. Hans Frank, “O Açougueiro da Polônia”
Amplamente ignorado pela história, Hans Frank governou e aterrorizou a Polônia ocupada entre 1939 e 1945. Como ex-advogado de Hitler, ele tentou espelhar o seu estilo de governo no do próprio führer.
Conhecido como o “Açougueiro da Polônia”, milhões de vidas foram tiradas sob seu julgo, e, apesar de não se considerado um dos homens mais poderosos do terceiro Reich, ele foi um dos principais responsáveis pelo reino de terror alemão sobre a Polônia durante toda a guerra.
Sua indiferença ao sofrimento humano não conhecia limites. Em 1940 ele teria dito: “Em Praga, grandes cartazes vermelhos estavam expostos, e neles podia-se ler que sete tchecos foram fuzilados naquele dia. Eu disse para mim mesmo, ‘Se eu tivesse que colar um cartaz para cada sete polacos fuzilados, as florestas da Polônia não seriam suficientes para manufaturar tanto papel’”.
Frank foi um dos 10 criminosos de guerra enforcados em Nuremberg em 1946.

10. Dr. Shiro Ishii, Líder da Unidade 731
Antes da guerra, o governo japonês pôs o Dr. Shiro Ishii como encarregado do “Departamento de Purificação e Abastecimento de Água Para o Combate de Epidemias”, mais conhecido como Unidade 731.
Na verdade, o órgão servia de fachada para uma unidade de pesquisa e desenvolvimento de armas químicas e biológicas. Localizada perto da cidade de Harbin, na China, a instalação empregava cerca de 3 mil funcionários.
Ishii certa vez afirmou que a missão que os deuses deram aos médicos é a de bloquear e tratar doenças, mas ele fez questão de deixar bem claro que o trabalho que realizaria naquele local seria o exato oposto desse princípio.
Durante a guerra, ele presidiu um time de cientistas que experimentou algumas das doenças mais terríveis do mundo – antraz, peste, gangrena gasosa, varíola, botulismo, entre outras – em cobaias chinesas e até mesmo em alguns prisioneiros de guerra aliados, que eram obrigados a inalar e ingeriresses agentes patogênicos e até receber injeções que os contaminariam.
Estima-se que mais de 200 mil chineses tenham morrido em experimentos de guerra bacteriológica, enquanto muitos outros sucumbiram por causa de pragas relacionadas aos testes realizados pelos membros da Unidade 731.
Ao fim da guerra, o Dr. Ishii simulou sua própria morte e se escondeu das forças americanas de ocupação, mas sua farsa foi descoberta e ele foi capturado. Ao ser interrogado, inicialmente negou ter feito experiências com cobaias humanas, mas depois fez um acordo para revelar todos os resultados de suas descobertas em troca de anistia total por seus crimes de guerra.
Os militares aceitaram a barganha, em busca das informações que eles mesmos não conseguiram desvendar, mas os dados do médico japonês se provaram de pouco valor. Mesmo assim os Estados Unidos mantiveram sua parte no trato e Ishii nunca foi julgado por seus crimes, tendo morrido como um homem livre em 1959.

11. Lavrentiy Beria, o “Buldogue de Stalin”
Lavrentiy Beria era para Joseph Stalin o que Heinrich Himmler era para Adolf Hitler: um braço-direito insensível, psicótico e imoral. Apesar de ser mais famoso por aterrorizar cidadãos soviéticos nos anos anteriores e posteriores à guerra, Beria também teve um grande número de responsabilidades durante o conflito.
Como chefe de protocolo em comando do Ministério do Interior da União Soviética, ele foi responsável diversas operações antiguerrilha no Fronte Oriental. Com a aprovação de Stalin, Beria ordenou a execução de 22 mil poloneses – oficiais, policiais, doutores e outros mais – no Massacre de Katyn, em 1940. Ele mobilizou milhões de prisioneiros para os campos de concentração soviéticos, chamados Gulag, e os obrigou a contribuir para o esforço de guerra da União Soviética.
Foi ele quem criou o projeto “Morte aos Espiões”, que capturou e matou um grande número de soldados que estavam batendo em retirada. Beria ainda organizou deportações em massa de tártaros da Crimeia, alemães do Volga e muitos outros grupos étnicos.
Depois de a guerra ter terminado, o “Buldogue” ficou encarregado de punir e executar supostos colaboradores dos nazistas – incluindo um grande número de inocentes e até prisioneiros de guerra russos. Em conjunto com o ditador soviético, foi responsável por milhões de mortes na Rússia.
Beria também era conhecido como um predador sexual: soldados raptavam adolescentes nas ruas e as levavam para que ele as estuprasse. Aquelas que resistiam eram estranguladas e enterradas no jardim de rosas de sua esposa.
Em 1953, a nova administração russa, liderada por Kruschev, considerou o braço-direito de Stalin culpado pelos crimes de traição, terrorismo e atividade antirrevolucionária durante a Guerra Civil Russa. De acordo com relatos oficiais, um trapo de pano teve que ser enfiado na boca de Beria na hora de sua execução para silenciar os seus choramingos.

12. Heinrich Himmler, Reichsführer da SS
Heinrich Himmler serviu a Adolf Hitler como reichsführer da SS – cargo mais alto dentro da organização, equivalente à patente de marechal de campo – e foi um importante membro do partido nazista.
Longe da imagem de lunático geralmente associada a ele, Himmler era a força ideológica e organizacional por trás da ascensão da SS. Contudo, em meio às suas múltiplas atividades, a mais lembrada é o seu papel no planejamento e na implementação da “Solução Final” para o “problema judeu”, função dada a ele pelo próprio führer. Em 4 de outubro de 1943, Himmler fez seu discurso mais famoso, em uma reunião de generais da SS na cidade de Poznan.
Ele justificou o genocídio dos judeus na Europa com as seguintes palavras: “Aqui diante de vocês, eu quero tratar explicitamente de um assunto muito sério... Quero dizer aqui... a aniquilação do povo judeu... Muitos de vocês saberão o que isso significa quando houver 100 corpos deitados um ao lado do outro, ou 500 ou 1 mil... Essa página de glória em nossa história nunca foi escrita e nunca será escrita... Nós temos o direito moral, nós somos obrigados para com nosso povo a matar as pessoas que queriam nos matar”.
Para esse fim, Himmler formou o Einsatzgruppen (grupo de intervenção, em alemão) e ordenou a construção dos campos de extermínio. Junto a Adolf Eichmann e Reinhard Heydrich, ele supervisionou o assassinato de 6 milhões de judeus, entre 200 mil e 500 mil ciganos, além de integrantes de várias outras etnias.
Ele foi capturado em 1945, tentando se passar por um policial alemão, e teve marcada a data de seu julgamento por crimes de guerra, mas se suicidou engolindo uma pílula de cianeto antes de ser interrogado.

quinta-feira, 12 de março de 2015

Quantos países existem atualmente?
por Marina Motomura | Edição 39
Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), existem 191 países. Mas há algumas ausências nessa lista. As duas mais famosas são Taiwan, cuja independência não é reconhecida pela China, e o Vaticano, que, apesar de ficar de fora do cadastro da ONU, é "observador permanente" da entidade, status que dá direito a voto nas conferências. Além desses dois, a ONU não contabiliza possessões e territórios. A Groenlândia, por exemplo, fica de fora porque é território da Dinamarca. Para ganhar a carteirinha de sócio, o país deve ter fronteiras definidas, sustentação econômica - uma moeda ajuda bastante - e soberania nacional. E ainda deve ser reconhecido pelos outros integrantes do clube. Mas a lista da ONU não é a única. Algumas associações esportivas também têm as suas. É o caso do Comitê Olímpico Internacional, com 202 membros, e da Fifa, que tem 205. Territórios como Aruba e Ilhas Cayman, não reconhecidos pela ONU porque pertencem, respectivamente, à Holanda e à Inglaterra, integram as duas entidades. Se você acha e tem muito país pra pouco mundo, saiba que isso é uma coisa relativamente nova: no início do século 20, havia apenas 57 nações. "Após a 1ª Guerra Mundial (1914-1918), o fim dos impérios austro-húngaro, na Europa, e turco-otomano, no Oriente Médio, fez com que surgissem novos países, como a Áustria e o Iraque", diz a historiadora Maria Aparecida de Aquino, da USP. Décadas depois, a independência de ex-colônias da Ásia e da África dividiu mais o mapa. Nessa época surgiram Índia e Paquistão (1947) e Moçambique (1975), entre outros países. Na década de 1990, com o fim da União Soviética, o mundo ganhou outra leva de nações, como a Ucrânia e o Uzbequistão. E novas divisões ainda são traçadas em zonas de conflito. A Caxemira, na fronteira entre Índia e Paquistão, e a Chechênia, na Rússia, reivindicam a independência na ponta da baioneta. Entre os membros da ONU, escolhemos 12 para mostrar os extremos do globo: o país mais rico, o mais pobre, o mais antigo e o mais novo, entre outras categorias que você confere ao lado.
Mundo muito estranhoNos quatro cantos do planeta, selecionamos nações recordistas em 12 categorias
O MAIS RICO - Luxemburgo
Os afortunados habitantes fazem jus à herança aristocrática do país, cujo nome oficial é Grão-Ducado de Luxemburgo. A renda anual per capita dos luxemburgueses é de 43 940 dólares, segundo dados da ONU de 2003
O MAIS QUENTE - Líbia
Ao lado do Egito e com parte do seu território coberto por desertos (do Saara e da Líbia), esse país já registrou a temperatura mais alta do mundo: 58 ºC, em setembro de 1992, na cidade de El Azizia
O QUE MAIS MUDOU DE NOME - Congo
Na declaração de independência, em 1960, o nome era República do Congo. Em 1971, passou a se chamar Zaire. Em 1997, mudou para o nome atual. Antes da independência, a colônia francesa teve outros dois nomes: Estado Independente do Congo e Congo Belga
COM MAIOR POPULAÇÃO FEMININA - Letônia
Se você quer descolar uma companhia do sexo frágil, experimente passar as próximas férias nesse país, que tem 1,2 milhão de mulheres e 1 milhão de homens — uma relação de 1,2 para 1
COM MAIS JOVENS - Iêmen
Nesse pequeno país do Oriente Médio, metade da população tem até 15 anos de idade. Essa também é a média de idade do país, que tem mais de 7,3 milhões de crianças e adolescentes
O MAIS POBRE - Etiópia
A Etiópia está na lanterna quando o assunto é riqueza. A renda anual per capita é de apenas 90 dólares, quase 500 vezes menor que a de Luxemburgo. Só para comparar, cada brasileiro ganha, em média, 3 330 dólares por ano
COM MAIOR POPULAÇÃO MASCULINA - Emirados Árabes Unidos
As 804 mil mulheres dos Emirados Árabes podem escolher entre 1,6 milhão de homens do país. A proporção de 2 homens por mulher é a mais alta do mundo
O MAIS FRIO - Rússia
A cidade de Oymyakon, na Sibéria, é forte candidata a sorveteria humana. Lá, os termômetros costumam bater em -50 ºC durante o inverno. Oymyakon só perde para a Antártida, que já marcou -89,2 ºC, mas não é um país
O MENOS POVOADO - Mongólia
Se você percorrer uma área de um quilômetro quadrado na Mongólia, com sorte encontrará duas pessoas. No país, a densidade demográfica é de apenas 1,5 habitante por km2. Ninguém tem problemas com os vizinhos por lá!
COM MAIS IDOSOS - Japão
A população japonesa tem, em média, 41 anos — 15 a mais que a média mundial, de 26 anos. Quase 30 milhões de japoneses têm mais de 60 anos. E a expectativa de vida feminina chega aos 85,2 anos
O MAIS ANTIGO - China
O país já era unido em 221 a.C. Mas bem antes disso, em 1500 a.C., já havia instituições políticas por lá. O Iraque e o Egito, apesar da trajetória recente como nações independentes, também têm histórias que remontam a 3000 a.C.
O MAIS POVOADO - Cingapura
Todo mundo sabe que a China é o país mais populoso do mundo, com mais de 1,2 bilhão de habitantes. Mas o mais povoado, com mais gente espremida no território, é Cingapura, com 6 107 seres humanos por km²
Os MAIS RECENTEs - Timor Leste e Sudão do Sul
Em 1999, após uma guerra civil cruenta, um plebiscito bancado pela ONU deu aos timorenses a tão sonhada independência, reconhecida oficialmente em 2002. O país havia sido anexado pela Indonésia em 1975
Consultoria: Virene Roxo Matesco, economista da Fundação Getúlio Vargas.
Em tempo:
O que é hoje o Sudão do Sul era parte do Sudão Anglo-Egípcio e tornou-se parte da República do Sudão, quando ocorreu a independência deste em 1956. Após a Primeira Guerra Civil Sudanesa, o sul do Sudão tornou-se uma região autônoma em 1972. Esta autonomia durou até 1983. A Segunda Guerra Civil Sudanesa desenvolvida anos depois, resultou novamente na autonomia da região, através do Tratado de Naivasha, assinado em 9 de janeiro de 2005 noQuênia, com o Exército Popular de Libertação do Sudão (SPLA/M). Em 9 de julho de 2011, o Sudão do Sul tornou-se um estado independente. Em 14 de julho de 2011, o Sudão do Sul tornou-se um Estado membro das Nações Unidas(ONU). O país entrou para a União Africana em 28 de julho de 2011.




Quantos países existiam no mundo em 2014?

Em Janeiro de 2013 a ONU reconhecia a existência de 193 países.
Contudo, a mesma ONU admite, em documentação distinta, a existência de 194 ou 195 países (considerando-se por vezes o Vaticano e os Territórios Palestinianos como estados soberanos).
Fonte: Norma M49 das Nações Unidas 


Em baixo a lista com os países em azul; os territórios em negrito e sem tradução.


AMERICAS (20 territórios de soberania especial; 35 países)
América do Norte
(3 países) 
01
02
03
04
Saint Pierre and Miquelon
Bermudas

Greenland





Caraíbas
01
Anguilla
02
03
Aruba
04
05
06
Bonaire
07
British Virgin Islands
08
Cayman Islands
09
10
Curaçao
11
12
13
Guadeloupe
14
15
16
Martinique
17
Montserrat
18
Puerto Rico
19
20
Saint-Barthélemy
21
22
23
Saint Martin (French part)
24
25
Sint Maarten (Dutch part)
26
27
Turks and Caicos Islands
28
United States Virgin Islands
América Central (7 países)
01
02
03
04
05
06
Panamá
07


América do Sul (12 países)
01
02
03
04
05
06
07
Falkland (Malvinas)
08
French Guiana
09
10
11
Peru 
12
13
14
ÁSIA (3 territórios de soberania especial; 47 países)
Ásia Central (5 países)
01
02
03
04
05
Ásia Oriental (5 países)
01
02
China, Hong Kong
03
China, Macao
04
05
06
07
Ásia Meridional(9 países)
01
02
03
04
05
06
07
08
09
Sudeste Asiático(11 países)
01
02
03
04
05
Laos 
06
07
08
09
10
11
Ásia Ocidental (17 países)
01
02
03
04
05
06
07
08
09
10
11
Palestinian Territory
12
Omã 
13
14
15
16
17
18
ÁFRICA (4 territórios de soberania especial; 54 países)
África Oriental 
(18 países)
01
02
03
04
05
06
07
08
09
10
Mayotte
11
12
Réunion
13
14
15
16
17
18
19
20
África Central 
(9 países)
01
02
03
04
05
06
07
08
09
Norte de África 
(6 países)
01
02
03
04
05
06
07
Western Sahara
África Austral 
(5 países)
01
02
03
04
05
África Ocidental 
(16 países)
01
02
03
04
05
06
07
08
09
10
Mali 
11
12
13
14
Saint Helena
15
16
17
OCEANIA (11 territórios de soberania especial; 14 países)
Austrália e Nova Zelândia(2 países)
01
02
03
Norfolk Island
Melanésia (4 países)
01
Fiji 
02
New Caledonia
03
04
05
Micronésia (5 países)
01
Guam
02
03
04
05
06
Northern Mariana Islands
07
Polinésia (3 países)
01
American Samoa
02
Cook Islands
03
French Polynesia
04
Niue
05
Pitcairn
06
07
Tokelau
08
09
10
Wallis and Futuna Islands
EUROPA (10 territórios de soberania especial; 43 países)
Europa Oriental 
(10 países)
01
02
03
04
05
06
07
08
09
 Rússia 
10
Europa do Norte 
(10 países)
01
Åland Islands
02
Channel Islands
03
04
05
Faeroe Islands
06
07
Guernsey
08
09
10
Isle of Man
11
Jersey
12
13
14
15
16
Sark
17
Svalbard and Jan Mayen Islands
18
Europa do Sul 
(14 países)
01
02
03
04
05
06
07
Gibraltar
08
09
Holy See
10
11
12
13
14
15
16
Europa Ocidental
(9 países
01
02
03
04
05
06
07
08
09